Elson G. Cyuwah, ativista militante do Movimento LGBT desde 2002.

Elson G. Cyuwah, ativista militante do Movimento LGBT desde 2002.
Elson G. Cyuwah, ativista militante do Movimento LGBT desde 2002.Membro fundador do Grupo Expressões – Direitos Humanos Cultura e Cidadania, em Cascavel – Pr, criado em junho de 2004, com o objetivo de sensibilizar a população em geral sobre a questão da Diversidade Sexual, e através de Seminários, Palestras, Oficinas levar informações que esclareçam sobre o modo de vida de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros, e como finalidade diminuir a Homofobia e Violência contra a Comunidade LGBT.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Bissexualidade

Bissexualidade
Vários aspectos revelam o sujeito Bissexual, que quando se trata de um indivíduo que “mudou” de orientação na verdade ele esta somente vivenciando seus desejos, que podem ter sido minimizados por circunstâncias impostas, pela sociedade e principalmente a família.
Ele pode ter vivido como Bissexual não-assumido tendo relações somente heterossexuais, e quando viu seu papel cumprido, Livro, arvore e filho, permite-se viver sua afetividade ou desejos sexuais por pessoa do mesmo sexo. Ou então um bissexual que manteve somente relações sexuais com pessoas do mesmo, tem em seu intimo o desejo de perpetuação da espécie.
Neste ponto devemos considerar que heterossexuais, bissexuais e homossexuais podem ter este instinto de continuidade, ou não têm. Isso não cabe julgamento, pois é de cada sujeito querer ou não ter filhos ou relacionamentos sexuais que levem a isso.
Ao tratarmos da questão Homossexual, este quadro se reverte e traz a tona conceitos, regras, e até leis em alguns países que condenam a Homossexualidade. Se considerarmos os contextos em que são aplicados tais conceitos, regras e leis podemos observar que a pratica da homossexualidade não permite atingir alguns objetivos da Sociedade em Foco.
Ao revermos nossa Historia, a partir do Século XIV, com mudanças no comportamento tanto social, político e religioso observamos muitas mudanças que levam a condenação da Homossexualidade e também de outras praticas comuns na sociedade da época. Podemos citar a Santa Inquisição, que matou milhares de pessoas que foram contra as decisões da Igreja. Condenando mulheres por ato de bruxaria, sendo queimadas em fogueiras, enforcamento de pessoas que iam contra a decisão do Estado/Igreja e muitos outros.
Enfim, este tipo de comportamento, e de outros vários registrados em nossa triste historia da Humanidade ainda se reflete atualmente. Claro que hoje de forma menos selvagem, mas não menos agressiva.
Mesmo sendo digamos culturalmente evoluídos, ainda encontramos diversas situações onde existem muitos tabus em relação a sexualidade. Não muito distante ainda ouvíamos falar sobre “a camisola da noite” que se constitui de um vestido fechado no pescoço e punhos, indo ate os pés, cobrindo todo o corpo da mulher, com uma abertura na altura da vagina da então noiva, que era usada na noite núpcias, para evitar uma exposição desnecessária do corpo, como sinal de recato e pureza desta mulher.
Cabia ao homem, somente saber de sua função e acertar o orifício na camisola, que se não estivesse na altura correta ou do lado certo, com certeza haveria grandes frustrações nesta noite.
É claro que falamos de uma situação um pouco distante de nossa época que se diz avançada, hoje século XXI, mas isso aconteceu a não menos que há 70 anos, alias a virgindade ainda é tabu e dos grandes, pois há uma cobrança principalmente da mulher que se mantenha casta e pura ate o casamento.
Em muitas localidades encontramos situações em que o noivo reclama disso, como se a mulher fosse objeto de posse deste sujeito e se acha no direito de devolver quando não foi como prometido. E que grande hipocrisia, ao pensarmos que este Indivíduo já teve suas experiências sexuais antes, pois precisa estar treinado para um bom desempenho, pois também é cobrado que seja eficaz e certeiro, devendo garantir a reprodução de sua espécie.  
Pois bem, vivemos uma Sociedade, onde a predominância do Heterossexismo Machista, inibe, julga, condena e executa quem dela se distancia em relação a estes preceitos, levando estes a uma vivência hipócrita, em que se podem fazer tudo desde que ninguém fique sabendo, que mesmo sendo o algoz, tem os mesmos desejos, e para isso condena publicamente aqueles que assim não o fazem. Ou seja, se um indivíduo vive de acordo com seus desejos ele não serve para a eficácia desta Máquina.
Portanto assumir este papel de acordo com as normalidades pregadas e exigidas por esta sociedade é muito fácil, tranqüilo ao sujeito que a ela se submete. Mas quando encontramos o indivíduo que não se enquadra neste perfil dito correto, natural, vemos que estará indo contra a tudo que foi estabelecido em momentos históricos que tinham um fim, mas que hoje não podem ser considerados como regra absoluta da Sociedade em geral.
E quem ousar dela discordar deverá ser banido, execrado, pois a ela não tem serventia por não ser um reprodutor. Não devemos analisar os membros desta sociedade apenas pelo caráter reprodutivo sexual. Isso se aplica a animais irracionais, que para manter uma fonte produtora de alimentos devem se reproduzir o máximo possível e garantir assim a manutenção da espécie humana.
Vivemos numa sociedade que não podemos ser analisados por esta propriedade em especifico, algo tão intimo e pessoal, que não interfere nas capacidades intelectuais, físicas ou mentais. O que seria um complemento do indivíduo é colocado com essência e cobrado como único item para avaliar seu desempenho na sociedade em que vive.
Chegamos ao ponto que o Homem, que é colocado como superior pela sociedade, e em sua intima psicanálise se considera superior como possui um Falo, Membro, um Pênis que permite subjugar, penetrar, possuir aos outros. E ainda considera a Mulher como um ser que foi castigado em algum momento de sua formação, e que em sua existência foi desprovida deste mesmo Falo.
E ele como ser penetrante pode subjugar não somente mulheres, mas a outros homens também. Há muitos relatos na História da Humanidade em que a pratica do Sexo anal era tida por alguns povos como meio de subjugar os que foram derrotados em guerra. Outros subjugavam os estrangeiros que queria passam por suas terras, pois com esta pratica chamada Sodomia (sexo anal sem consentimento) estes homens não podiam ter ao menos o direito de falar em publico, sendo considerados inferiores ás mulheres.

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