Elson G. Cyuwah, ativista militante do Movimento LGBT desde 2002.

Elson G. Cyuwah, ativista militante do Movimento LGBT desde 2002.
Elson G. Cyuwah, ativista militante do Movimento LGBT desde 2002.Membro fundador do Grupo Expressões – Direitos Humanos Cultura e Cidadania, em Cascavel – Pr, criado em junho de 2004, com o objetivo de sensibilizar a população em geral sobre a questão da Diversidade Sexual, e através de Seminários, Palestras, Oficinas levar informações que esclareçam sobre o modo de vida de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros, e como finalidade diminuir a Homofobia e Violência contra a Comunidade LGBT.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Expressão de Genero

Expressão de gênero
A expressão de gênero é um resultado de alguns fatores ligados à personalidade, cultura, formação e meio em que vive. As variantes das Expressões de Gênero podem estar harmonizadas com a genitália, quando está harmonizada com o pensamento, mentalidade e espiritualidade, e sua personalidade interfere fundamentalmente apresentando um contexto cultural e social em que este indivíduo esta inserido.
Sua manifestação tem gradações, e temos um quadro diverso, em que encontramos desde o Homem totalmente masculinizado, seus gestos, voz, vestuário e comportamento são do Universo masculino. Em sua gradação estas características podem ser suavizadas, e chegar a um homem que independentemente de seu desejo sexual ter atributos do universo feminino. O que não quer dizer que um homem efeminado seja homossexual, e que também por ser totalmente do universo masculino ele seja heterossexual.
E a Mulher também reflete este mesmo diagnostico, que independentemente da Expressão de gênero, não podemos também dizer se é Homossexual ou Heterossexual simplesmente por apresentar esta ou outra característica.
Consideramos que a Expressão de Gênero será construída e apresentada para a sociedade para a forma que desejamos ser reconhecidos e aceitos, condizentes principalmente com nossa identidade de gênero.
Outro fato que devemos explorar é que percebemos em crianças em fase pré-adolescência que já demonstram expressões opostas ao seu gênero. Vemos meninos com trejeitos efeminados, que gostam de brincam com as “coisas” de menina, e gosta de se vestir com a cor rosa e também meninas que são desprovidas da feminilidade, gostam de “coisas“ de menina e gostam de se vestir com a cor azul.
Essas características não reproduzem com fidelidade a Orientação sexual destes sujeitos. E não revela ou indica que futuramente esta criança será Homossexual, Hetero ou Bissexual. Podem ser resultados de uma educação mais liberal, sem conceitos impostos, deixando esta criança com a permissividade de escolher o que mais lhe agrada.
Pois ao dizermos que tal cor não é adequada para um ou outro estamos cerceando a inteligência de uma criança e seu desenvolvimento intelectual e criatividade, alem de ditar valores de comportamentos baseados em algo sem fundamento que foi estabelecido em algum momento da historia.
E se analisarmos a historia da humanidade encontraremos situações onde o rosa era usado em vestimentas dos homens da alta sociedade e as mulheres usavam o azul para distinção de poder e hierarquia. Ao restante dos membros desta comunidade não era permitido o uso destas cores, pois eram somente utilizadas pela Nobreza e Clero
A partir do século VI, quando o papa Gregório Magno promulgou uma lei para a pintura cristã, as cores apareceram nas vestimentas como signos de reconhecimento. Num mundo iletrado era fácil saber quem era quem através das cores das roupas.  Azul para a Virgem Maria, vermelho para Jesus,  púrpura para Deus e verde para o Espírito Santo. A principio a cor rosa era uma cor masculina e o azul feminino, em várias representações o menino Jesus veste uma roupa rosa. A mudança no uso dessas cores só ocorreu no século XX quando se resolveu inverter o masculino e o feminino nas cores. http://www.sidneyrezende.com/noticia/22119+as+cores+na+idade+media . Claudia Ferraz  artista plástica e profª de História da Arte.
Ao tratarmos de Transgêneros, temos neste caso, a manifestação da Expressão de Gênero está ligada a sua identidade de gênero, ou seja, este indivíduo ira harmonizar seu corpo com sua mentalidade e personalidade. E com certeza teremos diversos exemplos de expressões, que também terão gradações de influencia do Universo ao qual se referencia.
Para um transgênero sua expressão é fundamental e alem de toda forma física que foi alterada, propõe a si mesmo um novo nome, que é por este novo nome que deseja ser chamado, identificado na sociedade.
É de suma importância este respeito ao nome social, pois o anterior que foi atribuído enquanto inconsciente de sua identidade, causa muita estranheza ser por ele chamado, ocasionando muito desconforto. E por fim assume os papeis que este novo nome lhe confere.
E quanto a sua genitália, não é improvável que tem o desejo de adequar ao seu pensamento. Uma vez que não faz uso desta a não ser para funções fisiológicas básicas, e muitos não mantêm relações sexuais, até que tenham sido readequados cirurgicamente. Há casos que transgêneros procedem a auto-extirpação de sua genitália, pois tem um nível elevado de rejeição a ela.

2 comentários:

  1. Outro fato que devemos explorar é que percebemos em crianças em fase pré-adolescência que já demonstram expressões opostas ao seu gênero. Vemos meninos com trejeitos efeminados, que gostam de brincam com as “coisas” de menina, e gosta de se vestir com a cor rosa e também meninas que são desprovidas da feminilidade, gostam de “coisas“ de menina e gostam de se vestir com a cor azul.
    Essas características não reproduzem com fidelidade a Orientação sexual destes sujeitos. E não revela ou indica que futuramente esta criança será Homossexual, Hetero ou Bissexual. Podem ser resultados de uma educação mais liberal, sem conceitos impostos, deixando esta criança com a permissividade de escolher o que mais lhe agrada.
    Esta parte do seu texto me lembra muito, como professor, os pré-conceitos de muitos de meus colegas de profissão que, ao depararem-se com certos comportamentos de meninas e meninos já lhes querem impor uma "pecha" de homossexuais...

    Gostei também da discussão e do contemporizar a questão das cores e que isso foi um construção da sociedade...

    Parabéns pelos seus textos...

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